Thought Of You - 17

~ Samanta Olsen

O médico nos olhou novamente, logo depois deu um sorriso fraco.

Médico: A Carly está melhor e acordada. - todos suspiraram aliviados - 

Mas, ela ainda não sente as pernas, isso pode ser um problema.

Anna: A minha filha não. - colocou as mãos sobre o rosto e começou a chorar -

Aline: Pense pelo lado bom, ela está viva Anna. 

- alisou as costas de Anna tentando acalmar ela -

Eu: Eu posso ver ela ?

Médico: Daqui uma hora, ela ainda está sobre os efeitos do remédio. 

Me sentei no banco de espera esperando passar uma hora, logo depois o médico apareceu, depois que os pais dela entraram eu pude entrar.

Carly estava com alguns cortes no rosto, uma faixa na cabeça e com fios por todo corpo. Assim que entrei no quarto ela sorriu.

Eu: Antes de tudo eu quero falar que fico super feliz por você estar bem.

Carly: É eu também. - rimos -

Eu: Eu senti muito a sua falta. - me sentei ao seu lado pegando sua mão -

Carly: Desculpa Sam, eu vim pra cá porque ..

Eu: Eu já sei de tudo, seus pais contaram a minha mãe. Nunca mais faça isso entendeu ? Aconteça o que acontecer que quero estar ao seu lado ouviu ? Não ouse mais fazer isso comigo Carly, ou eu te bato.

Carly: Vai com calma, eu quase morri e você querendo me matar.

Eu: É sério Carly.

Carly: Tá, desculpa eu só não queria te deixar preocupada e você também tava ocupada demais com aquele garoto misterioso.  - bufou -

Eu: Isso não importa mais.

Carly: Descobriu quem ele era ?

Eu não iria falar isso agora a Carly, isso não importava mais.

Eu: Não. 

O médico entrou e pediu para que eu saísse, e assim eu fiz, estava na hora da Carly tomar os remédios. Em momento sequer ela disse sobre os movimentos das pernas, deve ter sido só na hora que ele estava examinando ela.

[...]

Uma semana depois. Fazia quatro dias que eu tinha voltado da Califórnia, Carly ainda estava no hospital mas já podia sair para o pátio com a ajuda da cadeira de rodas, o movimento dela ainda não tinha voltado.
O médico disse que com a fisioterapia ela iria voltar ao normal.

De tanto minha minha insistir eu fui obrigada a ir na casa de Derick e pedir a matéria da aula, eu precisava ter tudo em ordem no caderno, era meu último ano.

Bati na porta, antes que eu batesse pela segunda vez ele apareceu com o cabelo molhado e sem camisa.

Derick: Oi Sam. - sorriu -

Eu: Oi, eu preciso da matéria, você pode me emprestar ? - disse olhando para a porta, eu não queria ficar olhando para o seu abdome, isso é vergonhoso -

Derick: Claro, entra ai. - disse e deu passagem para que eu entrasse -

Eu: A Pattie ta ai ?

Derick: Ela saiu com a Beatrice. Eu vou colocar uma camisa e já volto. - assenti -

Me sentei no sofá da sala e esperei ele voltar.
Logo ele desceu vestido por uma camisa azul marinho e os cadernos na mão.

Derick: Ta tudo ai.

Eu: Hum valeu. - peguei os cadernos da mão dele e fui em direção a porta -

Derick: Sam espera, como a Carly está ?

Eu: Ela ta bem, só os movimentos das pernas que ainda não voltaram, mas com a fisioterapia ela vai conseguir andar.

Derick: Isso é bom.

Eu: Pois é. - abri a porta -

Derick: Samanta. - segurou meu braço - Você não vai me desculpar ?

Eu: Olha só, ta tarde, e eu preciso ter a matéria em dia. Depois eu peço pro Marcos trazer aqui. Tchau. - puxei meu braço e finalmente consegui ir embora -

Derick tinha me magoado muito, e isso não ia passar assim do nada. Tenho que admitir que aquele garoto mudou, e para melhor.

[...]

Aline: Viu, o mundo não acabou por você ter ido lá.

Bufei e revirei os olhos.

Aline: Você gosta dele Sam ?

Eu: Mãe !

Aline: O que tem demais você falar isso comigo ?

Eu: Eu tenho que terminar isso aqui, sai do meu quarto por favor.

Aline: Ei.

Eu: Foi mal mãe, mas é sério, sai.
- me levantei da cama e fui empurrando ela devagar até a porta -

Aline: Eu ainda vou descobrir o que aconteceu com vocês dois.

Eu: Tchau mãezinha.

Empurrei ela novamente e antes dela ir me deu um beijo na bochecha me fazendo sorrir e logo saiu, fechei a porta e me sentei na cama pegando os cadernos de Derick.

[...]

Eu: Marcos anda logo ! - gritei pela segunda vez esperando ele sair de casa -

Marcos: Calma, eu não tava achando meu celular. - bufou -

Eu: Foda-se, anda de uma vez.

Marcos: Se você ta bravinha com o Derick não vem desconta em mim.

Comecei a andar na frente e Marcos veio logo em seguida, minha mãe tinha saído mais cedo para o trabalho e não pode nos deixar na escola. 

Larguei Marcos na escola e segui para a minha, entrei na sala e Derick 

estava perto da janela conversando com uma garota.

Eu: Valeu, e desculpa por não ter entregado antes. 

- peguei os cadernos na minha mochila e entreguei a ele -

Derick: Sem problemas. - deu um meio sorriso -

Me sentei no lugar de sempre e logo o professor chegou.

As aulas se passaram lentamente, Derick passou a aula toda praticamente falando com aquela garota, isso me deixou com ciúmes. Sim, ciúmes.

Olhei no celular e lembrei que sábado era aniversário do pirralho do meu irmão, como eu pude esquecer isso ? Com certeza ele vai querer uma festa com os amigos dele e sem mamãe e eu em casa.

Finalmente a aula tinha acabado, todos saíram enquanto eu ainda guardava minhas coisas. Apenas eu e ele estávamos ali.

Derick: Para de me ignorar Samanta, poxa eu já pedi desculpa, eu sei que errei.

Eu: Porque isso agora ? Me diz, você me queria longe e conseguiu, percebi que você fez novas amizades, não precisa mais de mim.

Derick: Eu preciso sim, só você me entende, eu mudei por você, 

pela sua amizade Sam.

Eu não acreditava que aquele garoto grosso e frio tinha acabado de dizer que precisava de mim.

Eu: Pensasse nisso antes de me dizer aquelas coisas horríveis quando eu mais precisei da você.

~ Derick Bieber

Samanta saiu me deixando com cara de idiota. Eu não devia ter dito aquilo, ela vai ficar se achando por eu ter dito que preciso dela, mas a verdade é essa. 

Eu preciso dela, talvez não só a amizade.

Esse tempo que Sam ficou na Califórnia só fez eu perceber que preciso dela junto a mim, mesmo ela estando longe de uma certa forma e bom saber que ela 

está por perto. Isso é meio complicado vindo de mim, eu jurei a mim mesmo não me aproximar de qualquer garota, mas ela não é qualquer garota.

Larguei minhas coisas em cima da cama assim que cheguei em casa e desci as escadas correndo.

Pattie: Derick onde vai ? - gritou da cozinha -

Peguei minhas chaves em cima do balcão da sala, coloquei no bolso e sai. 

As ruas estavam frias e quase vazias, o inverno já estava próximo.

O vento fazia as campainhas das lojas tocarem.

Entrei em um mercado e comprei o que eu não comprava a muito tempo, peguei duas caixinhas de cigarro e uma garrafa de energético. Paguei a conta e liguei para Chaz, combinei de encontrar ele no deposito perto da casa do Chris.